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domingo, 15 de maio de 2011

técnicas de pesca

Pesca Inglesa 
A técnica da Pesca à Inglesa tem a sua origem nas ilhas Britânicas, e surgiu da necessidade dos pescadores britânicos ultrapassarem algumas dificuldades na pesca desportiva em virtude de um clima mais chuvoso e ventoso que no resto da Europa e pelo facto de na maior parte dos rios e albufeiras os peixes, mais desconfiados, tenderem a manter-se muito afastados das margens.

Pesca Inglesa consagrou-se como uma técnica eficaz e com excelentes resultados na competição, já que permite realizar capturas a longa distância, 20/25 ou mesmo 40/50 metros, a qualquer profundidade e em situações adversas no que diz respeito à corrente e ao vento.
O pescador na pesca Inglesa pode utilizar dois sistemas distintos. Esta técnica consiste em colocar o isco em profundidade correndo o fio pelo boia, é utilizado fio afundante, algumas variantes a esta ténica permitem colocar a bóia fixa. A profundidade do isco em relação à bóia é definida por um nó corrediço ou chumbo colocado no fio antes da bóia.

A utilização de um ou outro sistema depende da profundidade da água, ou por simples opção do pescador:
  • Com bóia fixa, para pesqueiros com profundidade inferior ao comprimento da cana.
  • Com bóia de correr (slider), para profundidades superiores à cana.
A utilização da bóia de correr é aparentemente mais complicada para quem se inicia nesta técnica de pesca desportiva, mas indispensável para a obtenção de bons resultados em grande parte dos nossos rios e albufeiras.


Pesca Francesa 

A técnica da Pesca à Francesa, de nome original "Au Coup", também designada por Roubaisienne, continua a ser uma das técnicas mais usadas na pesca desportiva, mantendo a sua essência no que diz respeito a uma maior eficácia quer na dissimulação com montagens muito mais sensíveis quer no significativo controlo que transmite ao pescador da movimentação do peixe no pesqueiro. Esta técnica é sem dúvida a mais indicada para a iniciação à pesca desportiva.
A pesca à Francesa conssite numa cana com um eslático interior ligado à linha de pesca e ao isco.
A pesca à Francesa é muito praticada em rios, permite o controlo perfeito da bóia mesmo com correntes.
Esta técnica utiliza a baixada do tamanho idêntico à profundidade no local. Assim se tivermos 3m de profundidade colocamos uma baixada de mais ou menos 3,5m. Assim necessitamos de uma cana muito comprida, tanto quanto a distância a que queremos pescar. As canas francesas actuais e mais utilizadas andam nos 14,5m mas vão até aos 18m.
Por exemplo, num rio temos cerca de 2,5m de profundidade. Repare-se que a distância normal de pesca são os 14m. Assim coloca-se uma baixada com 3m de comprimentoUma cana francesa é de encaixes, ou seja, os elementos são embutidos uns nos outros. Assim podemos aumentar ou diminuir o tamanho da cana durante a pesca.Depois de ferrado o peixe a cana é enviada para trás com o auxilio de um roller ou de qualquer coisa só para a cana não roçar no chão visto serem canas de elevado custo e também para termos mais sensibilidade, pois o peixe pode-se desferrar. Quando chegarmos ao encaixe em que temos para a frente 3 ou 4m de cana desencaixamos e tiramos o peixe com o mesmo comprimento de cana e fio. 


Pesca Bolonhesa

A Pesca à Bolonhesa define-se como a pesca com cana telescópica e carreto tem uma enorme popularidade em Itália, país onde teve a sua origem.

Em Portugal, tal como nos restantes países, é uma técnica que não penetrou nos hábitos da maioria dos pescadores, nomeadamente na competição, limitando-se a ser uma pesca de recurso em determinadas situações adversas para as outras técnicas como a francesa e a inglesa.

A técnica da bolonhesa não deve ser confundida com um outro tipo de pesca muito vulgar no nosso país especialmente na prática da pesca exclusivamente de lazer, assente também numa cana telescópica e com uso do carreto mas tecnicamente algo rudimentar.

Embora de certo modo similar à inglesa nos seus objectivos, a Pesca à Bolonhesa caracteriza-se como uma pesca de média e longa distância e ou de águas com corrente em condições de ausência ou pouco vento, já que este quando moderado ou forte é incompatível com a prática da bolonhesa, e fundamentalmente pelo facto de o fio estar ligado entre a ponteira da cana e a bóia sempre fora de água, o que obriga o pescador a uma constante atenção para poder manter toda a montagem em tensão.


Pesca corrico


Este método é indicado para capturarmos peixes predadores, tipo robalo, cavalas, peixe agulha, entre outros. Na pesca de rio é utilizada também para pescar taínha (fataça). Para a pesca ao corrico convém não utilizar uma cana muito pesada, visto que passamos a maior parte do tempo com a cana na mão.
A pesca do corrico consiste em lançar uma amostra para uma determinada área e depois recuperá-la, esperando que algum peixe a ataque, uma vez sentida a mordida, puxa-se a cana com força para ferrar melhor o peixe, e em seguida tenta-se tirar o peixe para fora de água o mais rapidamente possível.
Este método não é indicado para águas muito fechadas já que o peixe tem que ver a amostra para a atacar.  


Pesca Pluma

pesca pluma
A pesca à pluma (flyfishing) ou pesca com mosca tem como base a utilização de moscas artificiais como isco base de captura. Existem relatos da sua utilização na China em 2000 AC. O flyfishing moderno surge sobretudo como modalidade de captura para truta e salmão, no Séc. XX a sua utilização estende-se a outro tipo de espécies sendo mesmo utilizada para pesca no mar. Esta modalidade muito técnica consiste de base, no lançamento do isco(pluma - mosca) sobre a água de modo a potenciar a captura, exige alguma prática e técnica assim como a visualização do peixe (normalmente quando anda próximo da superfície). A principal diferença para outras técnicas consiste sobretudo na linha, pesada o suficiente para enviar a pluma para o local pretendido. Em Portugal, para além da clássica truta (com poucos locais de captura), pode ser utilizado na pesca do lúcio, barbo, boga, escalo, achigã (black bass), carpa. As capturas de espécies como a carpa e o barbo que se alimentam de pequenos insectos e larvas ou o lúcio e o achigã que se alimentam de pequenos peixes, rãs etc., requerem que a pluma simule o seu alimento. A mesma técnica pode ser utilizada no mar para captura de peixes como o peixe-agulha, a taínha ou mesmo o robalo quando anda na superfície alimentando-se de pequenos peixes.



Pesca Fundo

Como o nome indica este método é utilizado para colocar o isco junto ao fundo. A pesca ao fundo  ou de lançamento na rebentação é utilizada em toda a costa e permite capturas todas as espécies costeiras.


Pesca Directa

A pesca directa pratica-se com uma cana sem carreto e que leva uma baixada, fio mais boia, anzol, etc, do tamanho da cana. Esta pesca é muito utilizada em pescas rápidas, como no maranhão. O problema é que a pesca directa obriga ao uso de bandeiras, comprimento de fio que vai da ponteira até à boia, muito grandes. Isto dificulta a ferragem, pois quanto maior é a bandeira mais tarde ferramos o peixe. Para pescas como a das bogas, peixe difícil de ferrar a pesca directa torna-se complicada. Por isto surgiu a pesca Francesa.
Existem alguns pescadores que consideram pesca directa quando a linha do carrete(molinete) liga directamente com o anzol.



Pesca Embarcada 

Este tipo de pesca caracteriza-se pela captura a partir de uma embarcação. Existem variadíssimas técnicas de pesca embarcada,  variam em função das condições físicas do local, das condições meteorológicas e das espécies peixe existentes no local.


SurfCasting

Na sua essência o Surf Casting tem como objectivo a pesca em praia em situações de mar revolto. O "surf casting" lançamento na rebentação necessita de praias recortadas caracterizadas por uma grande inconstância do seu perfil e grande frequência de mar batido. É nestas condições que alguns dos peixes procuram alimento. Com uma boa ondulação, as águas são bem oxigenadas e o fundo da praia é revolvida o suficiente para por os peixes a procurar comida. Para este tipo de pesca não basta ter uma boa técnica e bom material; embora sejam indispensáveis, é bem mais importante a prática, a observação do mar e a acumulação de experiências. Um pescador de praia para obter bons resultados, tem uma boa cana de carbono, um carreto com boa saída de fio, utiliza linhas apropriadas para a bobine e consegue colocar a chumbada longe da praia.


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